sexta-feira, 22 de julho de 2016

O primeiro último beijo - Ali Harris

 “O primeiro último beijo” conta a história de amor de Ryan e Molly, de como eles se encontraram e se perderam diversas vezes ao longo do caminho. Na primeira vez em que eles se beijaram, Molly soube que ficariam juntos para sempre. Seis anos e muitos beijos depois, ela está casada com o homem que ama. Mas hoje Molly percebe quantos beijos desperdiçou, porque o futuro lhes reserva algo que nenhum dos dois poderiam prever…Esta história comovente, bem-humorada e profundamente tocante mostra que o amor pode ser enlouquecedor e frustrante, mas também sublime. Na mesma tradição de P.S. Eu Te amo e Um Dia, O Primeiro Último Beijo vai fazer você suspirar e derramar lágrimas com a mesma intensidade. 

   Olá pessoal! Como vocês estão? Estou com um pouco de dificuldades de saber como começar essa resenha, parece que estou tendo uma ressaca literária. Não sei o que pensar, ou estou pensando demais, minha cabeça está lotada de pensamentos e sentimentos que afloraram por causa desse livro. Eu sempre digo que os livros nos ensinam, nos trazem experiências que vamos levar para a vida, que eles são nossos amigos e tudo mais. "O primeiro último beijo" é a prova de tudo isso que falei e mais um pouco. Quantos ensinamentos eu pude adquirir ao longo dessas 445 páginas, quantos sentimentos eu desfrutei: AMOR (com certeza está em primeiro lugar), gratidão, afeição, amizade, negação, decepção, alegria,  tristeza, aceitação...Enfim, foi um mar de coisas e sentimentos. Espero conseguir transmitir a vocês, leitores, um pouco do que é esse livro e um pouco do que eu senti, sei que não serei 100% eficiente pois é muito difícil descrever histórias como a de Ryan e Molly.
"Quando se passa pelo que passei, quando se aposta tudo no amor - e se perde -, nunca se é a mesma de novo. Não de verdade."
   Ryan é um cara doce, simpático, risonho, alegre, esportivo, uma pessoa que nasceu para o verão... Molly é tímida, se esconde atrás de sua câmera fotográfica, através da qual vê o mundo de sua forma preferida, não é nem um pouco sociável, que adora manter a pose de inatingível socialmente, não acredita muito no amor... Até Ryan chegar, é claro! Eles se conhecem a algum tempo porém por conta de maus entendidos e circunstâncias da vida demoram a se conhecer de verdade. Mas quando Molly baixa a guarda e se deixa levar pelos encantos daquele rapaz tão sorridente e alegre, ela começa a ver a vida de uma forma diferente, e a vê-lo de forma diferente, já que teve uma péssima primeira impressão dele após um primeiro beijo desastroso na frente de todo mundo. Ele irá fazê-la vê-lo diferente quando se encontram "por acaso" de férias em Ibiza, Molly com suas amigas (Casey e Mia) e Ryan com seu irmão e amigos.
   Depois disso a vida deles é diferente. Eles vão descobrir juntos o que é o amor de verdade, Molly mais ainda, na minha visão, já que nunca foi uma pessoa muito afetuosa, e que detesta demonstrações públicas de afeto. Vai conhecer a família nada espalhafatosa e amigável de Ryan, a família Cooper! Eles são demais, sempre super otimistas e bem humorados. E Ryan vai conhecer mais a "Molly do contra" e sua amiga Casey, super doída, baladeira, namoradeira e uma comédia, e como elas são inseparáveis (sério, elas são MUITO amigas, do tipo que tem uma música juntas e se chamam de BFF haha)! Vai conhecer a pequena família da Molly, mais calma e pacata que a os Cooper, mas ainda assim adoráveis ao seu modo.
   Um casal tão apaixonado que pouco depois de começarem a namorar sério já estão indo morar juntos. Mas, como sempre, existem problemas, todos os casais passam por problemas, não poderia ser diferente. Molly sempre sonhou com uma vida diferente da que está sendo moldada agora com Ryan, está tomando rumos diferentes. E a insatisfação dela, seu desejo de querer mais e mais, de ser mais livre e conhecer mais do mundo causa danos ao relacionamento. Danos esses que logo serão reparados, Molly não consegue pensar em sua vida sem Ryan ao seu lado deixando meias largadas por toda a casa,deixando papéis espalhados por todo canto... Simplesmente não dá mais para ficar se ele.
"Você pode escolher transformar arrependimentos em lições que mudam seu futuro. Acredite, estou realmente tentando fazer isso. Mas a verdade é que estou falhando. Porque tudo que consigo pensar é: talvez eu mereça. Talvez esse seja meu castigo." 
   Mesmo com todos os problemas e crises, é impossível não ver o amor entre eles, mesmo ficando com raiva da Molly por querer mais do que já tem. É impossível ver Ryan sem Molly e vice-versa. o destino lhes prepara uma surpresa, uma surpresa nada agradável que pega todos de surpresa, inclusive nós leitores, ficamos indignados, estagnados nas páginas, incapazes de aceitar o que está acontecendo... Eu entrei em negação durante a leitura, não sabia como continuar a leitura, mas pensei que poderia ser mentira, que teria outra saída... Não sei nem como explicar a vocês.
"(...) as lembranças são o que permanece conosco para sempre, não coisas ligadas a elas. Eu achava que tirar fotografias me faria enxergar melhor as coisas congelar o momento, lembrá-lo para sempre. Mas percebo que a única maneira de fazer isso é viver o momento, não ficar atrás de uma lente."
   Ali Harris fez uma construção de história bem diferente, embaralhando as histórias de anos atrás, fora de ordem cronológica, mas que foi construindo a história em nossa cabeça, admito que foi um pouco confuso essa "ordem" mas que mesmo assim ela se fez compreender (e como fez!) e nos fez sentir. A autora faz o leitor conhecer Ryan e Molly e se apaixonar por eles, por sua história de amor, faz a gente perceber e acreditar que SIM, o amor muda as pessoas, o amor é capaz de muitas coisas, de nos fazer ser pessoas melhores, de nos moldar, no faz abrir mão e ficar felizes com isso pelo simples fato de ver o outro feliz! Me envolvi tanto com eles, como há muito não acontecia, eu me peguei com os olhos cheios de lágrimas prontas para escapar. Foi como se realmente os conhecesse... Sei que irei guardar esses personagens para sempre e tudo que aprendi nesse livro.
"Desejo que todos vocês beijem seus entes queridos agora e saboreiem o beijo, e todos os outros que se seguirem. Porque, quando você sabe que os beijos são finitos, que cada beijo que você dá o leva para mais perto do adeus, fica imaginando por que perdeu tantos."
   


        Grande beijo pessoal! 


sexta-feira, 15 de julho de 2016

Vamos falar de adaptações literárias?!

   Olá pessoal, tudo bem? Vim falar de algumas adaptações literárias que estão sendo produzidas, olhem só que obras incríveis vão ser adaptadas:

Objetos cortantes 

   Livro Gillian Flynn irá virar minissérie com até agora 8 capítulos. Eu li esse livro já há um tempo, bem antes de criar o blog, por isso não tem resenha aqui, mas vou tentar dar uma resumida para vocês. No livro tem bastante suspense, drama, superação... Camille é repórter em Chicago e deve voltar a sua cidade natal para cobrir um assassinato de uma adolescente e o desaparecimento de outra, porém nessa voltar para casa ela terá que enfrentar mais do que imagina. Sua relação com a mãe não é nada boa ou agradável e pode acabar trazendo de volta muitos fantasmas do passado de Camille.
   A atriz escalada para fazer o papel da protagonista nada mais é do que a Amy Adms, acho ela ótima atriz e tenho certeza de que vai dar um show! A minissérie será produzida pela HBO, mas ainda não tem data de estréia.

Rainha vermelha 

   Uma distopia que me surpreendeu e me deixou com gostinho de quero mais vai para as telonas, para a nossa alegria!
  A Universal garantiu os direitos de adaptação e a produção está na responsabilidade de Benderspink. 
   Estou MUITO ansiosa por essa adaptação, o filme tem grandes chances de ser um sucesso já que o livro é muito bom e inteligente, e também fez bastante sucesso, apesar de algumas opiniões negativas por "parecer" com outras sagas, mas na minha opinião foi muito surpreendente, me conquistou. 
   Até agora a atriz favorita para interpretar nossa querida Mare é  Adelaide Kane. 
   Para quem ainda não leu a resenha, é só clicar aqui.

Os 13 porquês

   O livro é focado na reação de Clay aos receber fitas cassetes que irã contar os porquês de Hannah ter se suicidado, e qual o envolvimento de cada nesse fato, inclusive Clay.
   Pelo que se sabe até agora é que serão 13 episódios que irão compor a série, um episódio para cada porquê. E o Netflix será responsável pela produção.
   Na época em que li o livro, minha opinião não foi positiva, mas hoje vejo que foi o momento em que li, acho que existe isso, simplesmente pode não ser o momento certo para ler aquele livro. E hoje vejo com outros olhos. É um livro que nos ensina muito e nos mostra que devemos prestar mais atenção nas pessoas a nossa volta, porque um pequeno gesto para com ela pode evitar um desastre.
Katherine Langford interpretará Hannah Baker e Dylan Minnette será o Clay. 

   Além desses, Extraordinário da autora R.J. Palacio também irá para as telonas, vocês sabem como sou fã desse livro não é, então imaginem minha felicidade! Eu já falei com mais detalhes em um post anterior, dá uma olhada aqui.
   É isso gente, espero que tenham gostado, agora basta esperar ansiosamente rs.
        Grande beijo!


quinta-feira, 14 de julho de 2016

Orgulho e preconceito - Jane Austen

 
 Então, eu finalmente li "Orgulho e preconceito"! E preciso fazer uma fazer uma confissão a vocês, espero que não me odeiem por isso, mas admito que minhas expectativas não foram alcançadas. "Mas então você não gostou?!". Negativo, eu gostei MUITO, mas por ser um clássico tão conhecido e amado por tantas pessoas, acho que me deixei levar demais pelas expectativas, talvez daqui um tempo eu venha mudar de opinião. Foi um livro que me trouxe um "clima" agradável, uma tranquilidade, mas que ao mesmo tempo também me fez refletir sobre o próprio tema do livro, o orgulho e o preconceito, principalmente o preconceito, a situação que se passa no livro para quebrar o preconceito, não só mexe com nossa protagonista, mas com certeza mexeu muito comigo, com minhas opiniões, meus pensamentos e até nos momentos que não estava lendo, eu me pegava pensando sobre o assunto. E acho incrível isso, porque realmente consigo perceber que me trouxe ensinamentos e me fez amadurecer também, assim como os personagens.
   Por ter sido na própria época, por uma autora que não estudou sobre aquela época, mas que viveu aquilo, podemos sentir com muito mais força as normas sociais, as regras de decoro seguida com mais rigidez, as características do momento com mais intensidade do que em outro romances de época. Com certeza para quem gosta de romances de época como eu, é uma experiência muito agradável, me acrescentou muito, ampliou meus pensamentos sobre aquele momento histórico em que se passa a trama.
"Quanto a inteligência, Darcy era o mais dotado. A inteligência de Binlgey não era de modo algum deficiente, mas a de Darcy era superior. Era ao mesmo tempo arrogante, reservado e exigente, e os seus modos, embora educados, não eram convidativos."
   Elizabeth é a segunda mais velha de cinco filhas mulheres do sr. e sra. Bennet. Ela é mais inteligente, talvez não tão bonita quanto sua irmã mais velha Jane. Ela é a favorita do pai, um homem um tanto curioso na minha opinião, vive arrependido pelo casamento que não o faz feliz, por conta da sua mulher ser bastante fútil.
   Elizabeth conhece o sr. Darcy quando o sr. Bingley vai morar nas redondezas e começa uma amizade com a família Bennet. A repulsa entre os dois é quase que instantânea, pelo orgulho de Darcy e o preconceito de Elizabeth. O modo como os dois vão quebrando os preconceitos e se conhecendo melhor através de encontros com amigos e etc, é um processo lento mas que vai criando grandes resultados principalmente no coração da srta. Bennet. A imagem de um sr. Darcy turrão, orgulhoso e malvado é quebrada, dando lugar a um sentimento muito lindo.
"Tal mudança em um homem tão orgulhoso provocou não só espanto, mas também gratidão - pois só podia ser atribuída ao amor, ao amor ardente; e como tal a impressão que nela causou era do tipo que se dava para encorajar, pois não era de modo algum desagradável, embora não pudesse ser definida com precisão."
   Durante a trama conhecemos pessoas muito desagradáveis (de verdade!) como o sr. Collins, primo do sr. Bennet. Houve momentos que dava vontade de estapiar esse ser (kkk). Ficamos chocados com as maluquices das irmãs mais novas, princialmente Lydia, tão fútil quanto a mãe, incorrigível!
   Acho que a resenha é mais um desabafo do que uma resenha, já que todos já conhecem a história. E também devo admitir que tive um pouco de dificuldade no ínicio da leitura por conta da linguagem, o livro foi publicado pela primeira vez em 1813.
   O filme foi lançado em 2006 e já vi alguns pedaços mas não consegui ver tudo ainda, mas parece ser ótimo também, vou deixar o trailer aqui para vocês!

      Grande beijo pessoal!
   

domingo, 3 de julho de 2016

Nove regras a ignorar antes de se apaixonar - Sarah MacLean

   Olá pessoal! Tudo bem? Acabei de ler um romance de época com uma personagem com ideias um tanto diferentes do comum, uma mocinha que parece estar, como chamamos hoje em dia, na crise da meia idade, questionando sua vida, querendo fazer coisas mais ousadas... Bem, conheçam Calpúrnia Hartwell.
   Callie (como prefere ser chamada) tem 28 anos, já enfrentou uma década de temporadas fracassadas, sempre esquecida no canto dos salões de baile, juntamente com as solteironas, grupo o qual ela sente fazer parte agora, e não se sente nem um pouco feliz com essa realidade. Com uma aparência totalmente comum, olhos castanhos comuns, cabelos castanhos comuns, uma silhueta um tanto avantajada. Ela não enxerga sua aparência além disso. Considerada pacata, passiva, sempre educada demais, dentro das convenções e regras de decoro.
   Quando Mariana, sua irmã mais nova,considerada a beldade Allendale, recebe um pedido de casamento irrecusável, de um grande partido, o duque de Rivington,e ainda por cima por amor, a casa Allendale entra em festa, principalmente por parte da mãe delas. Porém, no jantar que reúne as famílias para comemorar tal acontecimento, Callie e Benedick, irmão mais velho de Callie, são os que sofrem nas garras da família com o assunto casamento, e no caso de Callie, o assunto de sua solteirice, tratada sem nenhum tipo de cerimonia ou delicadeza. Benedick é um irmão adorável, atual conde de Allendale, após a morte do pai, foi um confidente de Callie, um amigo.
   Benedick sem querer querendo, deu ideias a irmã, encorajou-a a fazer coisas inapropriadas para um dama. Callie já cansada de tanto ser educada e passiva monta uma lista, uma lista com nove itens, coisas que ela gostaria de fazer caso isso não arruinasse sua reputação. Na verdade, é um tanto engraçado os itens da lista, como beber uísque, fumar charuto, esgrimir e beijar apaixonadamente, espera aí, beijar? Sim pessoal, beijar! Ela nunca foi beijada e aos 28 anos de idade, ela quer fazer isso. Por que não, já que tanto tempo sendo tão comportada não conseguiu um casamento?
   Sua aventura começa e começa pelo mais ousado, que seria beijar, Calpúrnia se arrisca no meio da noite para procurar o maior libertino de Londres para lhe pedir um beijo! Nesse encontro eles farão um acordo, de que Callie ajude Gabriel, marquês de Ralston, a lançar sua irmã recém descoberta na alta-roda, e Gabriel dê o que ela lhe pede.


"Podia ir para a cama, se afogar em xerez e lágrimas e passar o resto da vida não apenas se arrependendo de sua inação, mas - pior - sabendo que todos a consideravam passiva. Ou podia mudar."  
   Juliana, irmã do marquês, é uma moça doce, e rapidamente ela e Callie se tornam amigas e a proximidade entre as duas também causa proximidade entre ela e Gabriel. Ele vai influenciar e muito nos acontecimentos da lista. Fazendo com que eles se envolvam cada dia mais, fazendo-a se sentir mais viva, mais ousada, mais dona de si e claro mais apaixonada por ele! Ele que não acredita no amor por ver seu pai sofrer tanto por amor e ter visto sua mãe abandoná-los sem dó nem piedade, vai descobrir que amor pode ser generoso, pode ser bom. Vai descobrir que Callie é mais do que uma moça sem graça e educada. E nós vamos nos apaixonar por esse casal, que ás vezes briga, ás vezes estão bem de novo...
"Seu coração ficou apertado ao perceber que Gabriel fora parte integral dessa nova Callie, audaciosa, aventureira, que ele havia guiado por cada item no papel. Ela mudara para sempre por causa dele." 
   O único ponto que me incomodou um pouco foi a sensualidade do romance, achei sensual demais, mas acho que vai de gosto, eu prefiro um pouco menos sensual, então me incomodou um pouco, achei que poderia ter sido com um pouco mais de conversa e tudo mais, mas também entendo que faz parte da história já que lady Calpúrnia estava passando por momentos de se descobrir, se sentir mais feminina. Uma coisa que percebemos é o quanto ela pode ser insistente, determinada, corajosa! Não há nada de passivo nela, ela não é apenas uma mocinha sem graça de nome extravagante, ela pode e se tornou muito mais do que isso. Ela foi ousada até mesmo para os tempos atuais, imaginem para aquela época, onde as regras eram muito mais rígidas com as moças!
   Esse livro é o primeiro da trilogia "Os números do amor".