quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Era uma vez no outono - Lisa Kleypas


       A jovem e obstinada Lillian Bowman sai dos Estados Unidos em busca de um marido da aristocracia londrina. Contudo nenhum homem parece capaz de fazê-la perder a cabeça. Exceto, talvez, Marcus Marsden, o arrogante lorde Westcliff, que ela despreza mais do que a qualquer outra pessoa. Marcus é o típico britânico reservado e controlado. Mas algo na audaciosa Lillian faz com que ele saia de si. Os dois simplesmente não conseguem parar de brigar. Então, numa tarde de outono, um encontro inesperado faz Lillian perceber que, sob a fachada de austeridade, há o homem apaixonado com que sempre sonhou. Mas será que um conde vai desafiar as convenções sociais a ponto de propor casamento a uma moça tão inapropriada?



     

     Uma mocinha bem teimosa, mal-educada e sem papas na língua, temos então, no segundo livro da série As quatro estações do amor, Lilian Bowman! 
        Mas não vamos ser maldosas, nossa mocinha também é cheia de qualidades, entre elas a sua força, sempre decidida, uma mocinha que inspira e  passa uma mensagem de que não temos que concordar com tudo coisa nenhuma! (risos)
          Lilian com todas essas características, e também de origem americana, é integrante das Flores Secas, conhecemos elas no primeiro livro da série; e nessa temporada é a vez de Lilian arranjar um pretendente, o que não será nada fácil por sofrer certo preconceito social; apesar de seu pai ser muito rico, empresário dono de um empresa em NovaYork, os aristocratas não aceitam muito bem aqueles que não têm títulos como eles.  Já o nosso mocinho Marcus Westcliff, ou conde de Westcliff, é um inglês aristocrata, com uma linhagem mais antiga do que é possível imaginar, um homem que não entende o casamento como algo relacionado com sentimentos e sim como um acordo. Marcus teve uma infância difícil, vamos descobrindo isso ao longo do livro, e entendemos porque ele pensa e age dessa forma. 
“A vida de Marcus havia sido moldada por rígidas expectativas e obrigações - e a última coisa de que ele precisa era distração. Ainda mais na forma de uma garota rebelde. “

       Lilian e Marcus são como cão e gato, ódio à primeira vista... ou não. Sabemos que por baixo da teimosia dos dois existe um sentimento que vai tomando conta aos poucos. A cada briga vemos eles enxergam um ao outro, como realmente são, além do que eles têm na cabeça; ele vê Lilian como uma mal- educada, desgovernada e ela vê Marcus como uma homem frio, arrogante e que odeia diversão. E, é claro, vão descobrir que estão muito enganados.
      É lindo ver um mocinho que parece tão sem sentimentos se mostrando tão zeloso, cuidadoso, protetor, nos deixa suspirando, e uma mocinha tão teimosa se rendendo ao amor.
Medo de você? – disse Lillian sem pensar. – Meu Deus, eu nunca teria. Westcliff inclinou a cabeça dela para trás e a encarou, e um sorriso se espalhou lentamente pelo seu rosto. Não, não teria – concordou. – Você seria capaz de cuspir no olho do demônio, se quisesse.”

          As Flores Secas tem sua participação especial no livro, assim como a irmã de Lilian que também está no grupo, é lindo ver o companheirismo das duas em todos os momentos. 
A superação de preconceitos e de mágoas do passado é encantador, pois traz uma mensagem de esperança de que nem tudo é aquilo que pintamos na nossa cabeça, e sim algo maravilhoso que está “escondido” talvez pelos nossos próprios preconceitos. 
     O final do livro já deixou um gostinho de quero mais para o próximo volume com a terceira mocinha Evie, e já estou doida para continuar. A série em si trata de muitos assuntos interessantes, e nos dois primeiros foi bem claro que a autora quis fazer críticas à aristocracia inglesa e toda sua pompa. Série linda e fofa, recomendo bastante, ainda mais como admiradora dos romances de época.   
     A resenha do primeiro livro já tem aqui no blog!